A pesquisa tem como tema a influência da música na mente e no corpo e como pode ser usada para o benefício do ser humano, focando nas peculiaridades que ela oferece. A presente análise ressalta que a música apresenta certas propriedades que podem ser usadas para diversas ocasiões, principalmente nas áreas medicinais. Ela proporciona um embasamento teórico de relevância, demonstrando que a música abrange mais que partituras, instrumentos e ruídos, e sim, uma força vibracional que se espalha por todo lugar, exercendo ações sobre o homem. Considerando tais aspectos apresentados, a presente investigação mostra através de um complexo e apurado campo de visão, de que as ondas musicais presentes em todo lugar sem qualquer distinção, têm um propósito, que sabendo usar, pode-se obter diversas vantagens.
Desta forma, afirma o autor que o ramo da musicoterapia consegue ser essencialmente uma terapia ativa. Logo, o homem através da música adquiri um certo controle emocional e sentimental, capaz de beneficiar seu estado mental e vital. Através dos conceitos da terapia musical, o homem, por meio das canções, consegue se religar com as suas emoções, sendo influenciado pelo fluxo da imaginação e por fim, sentir todo o ambiente. Fregtman afirma “A Musicoterapia é essencialmente uma terapia ativa.” (FREGTMAN, 1989, p.48). As ondas musicais, conseguem despertar diversos sentimentos e intensificá-los por meios de estímulos que influenciam nos estados emocionais do homem.
Logo, a ciência ainda não é capaz de dizer que escutar, tocar ou aprender determinado tipo de música (causa) faz com que as pessoas engajadas nessas atividades musicais sejam “melhores” em outras áreas do conhecimento ou apresentem alteração de comportamento tomados como positivos (efeito). “A aprendizagem musical não se separa do desenvolvimento geral da pessoa. Nesse sentido, não só o desenvolvimento cognitivo, mas também o afetivo e o motor estão integrados nesse processo”, completa Nassif. Percebe-se diante os pensamentos da autora, as ondas sonoras quando são impulsionadas para a atmosfera e entra em contato com o ser humano, revela mensagens simbólicas apresentadas pelo corpo. Assim, certas áreas corpóreas podem sofrer tensões e pressões por ocasião das vibrações presentes no ar. Para entender mais como a música se aproxima da nossa história sutil e ancestral, a musicoterapeuta Claudia Maria Lelis nos lembra que uma das relações iniciais que temos com o mundo externo é pelo som. “Nosso primeiro contato com sonoridades são as paredes intra uterinas, os líquidos da barriga da mãe e, já há algum tempo, é comprovado que o feto ouve os barulhos ao redor da genitora”.
Para a complementação de tais efeitos que a música oferece no campo medicinal, o uso de instrumentos musicais, consegue ser relevante e eficiente, principalmente ao combate de sintomas que prejudicam o estado mental do homem. Neste capítulo foi apresentado um breve estudo sobre a história da música, demonstrando seus elementos básicos que formam sua estrutura e alguns conceitos teóricos que demonstram suas ações sobre o corpo e a mente do ser humano. A música apresenta características bem peculiares, oferecendo alguns benefícios mentais que estimulam áreas no cérebro que são responsáveis pela memória, fazendo com que certas lembranças sejam ativadas e recordadas.
MÚSICA, SAÚDE E SOCIEDADE
Esclarece Bennett (1986, p.35) que o século XVII também assistiu à invenção de novas formas e configurações, inclusive a ópera, o oratório, a fuga, a suíte, a sonata e o concerto. A era do Renascimento abriu portas para o surgimento do Barroco durante o século XVII, buscando uma beleza harmoniosa da música e novos estilos de entretenimento. No entanto, pode-se apresentar uma forma de dividir a música relacionada ao Ocidente, em seis períodos distintos, cada qual identificado pelas suas propriedades e datas correspondentes, formando uma espécie de organização histórica musical.
1. BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS
Quando o ritmo acompanha essa pulsação, provoca uma harmonização orgânica e o ouvinte tende a acalmar-se e relaxar. Com mais solidariedade e menos disputas internas, um grupo pode ficar melhor equipado para sobreviver e se reproduzir. Esses padrões sonoros parecem ter um sentido universal para adultos de diferentes culturas, crianças pequenas e até outros animais. O método ajuda a melhorar as frequências cardíacas e respiratórias e a pressão de pacientes portadores de doença arterial coronária e auxilia em transtornos neurológicos como o AVC (Acidente Vascular Cerebral). Pessoas com Alzheimer e outros tipos de doenças neurodegenerativas também são beneficiadas, pois o tratamento faz com que tenham certa ativação neural.
Nota-se que o cérebro para interpretar uma canção, desenvolve um campo sonoro de padrões complexos para chegar ao objetivo de uma codificação melódica, e a medida em que se cria estas relações, surgem as sensações provenientes do som. Conforme os pensamentos de Wisnik (1989, p.15) o som é onda, que os corpos vibram, que essa vibração se transmite para a atmosfera sob a forma de uma propagação ondulatória, que o nosso ouvido é capaz de captá-la e que o cérebro a interpreta, dando-lhe configurações e sentidos. Observa-se de acordo com os pensamentos do autor, o som apresenta seu lado saudável e prejudicial, porém cabe ao homem decidir qual o caminho a ser apreciado, assumindo as sertanejo raiz consequências do mesmo. Através do sistema auditivo, ocorre uma troca de mensagens sonoras, transformadas em impulsos nervosos, que ao entrarem em contato com o cérebro, dependendo da intensidade, podem ser agradáveis ou nocivos. Quando a música é classificada como algo das “trevas”, ela passa a ser compreendida como algo ruim para o desenvolvimento da sociedade, provocando tensões sociais e morais. De acordo com Campadello (1995, p.96) nos anos 20, a sociedade fez forte oposição ao jazz, por considera-lo símbolo de debilidade mental, de insanidade e do sexo, e esteve sob constante ataque dos jornais, que lhe atribuíam a decadência moral e a criminalidade entre os jovens.
Parar de comer carne pode influenciar sua saúde mental?
Por isso, muita gente custa a acreditar que a música não tenha sido mais do que uma trilha sonora incidental para a evolução humana. Segundo especialistas, a música nos auxilia na prática do mindfulness, que é a capacidade humana de estar no momento presente sem julgamentos, críticas, apegos etc. Realizar atividades tidas como chatas ou extenuantes ao som da batida favorita pode ser algo menos enfadonho. Logo para que o cérebro possa interpretar uma canção, ocorre um certo movimento simétrico entre os campos neurais, criando uma formação de padrões definidos para o entendimento. Percebe-se que a música quando apreciada acima do nível suportado pelo ouvido humano, pode acarretar certos problemas de saúde, como o rompimento do tímpano, causando um dano ao sistema auditivo.
Sendo assim, este fenômeno parte de uma onda gerada pela própria canção, na qual ajuda o sujeito a se locomover através de sequências e impasses difíceis, superando defesas psicológicas e liberando um fluxo de diversos estados de consciência. A música apresenta certas propriedades que auxiliam no desenvolvimento de áreas medicinais, principalmente em terapias, que ao serem estudadas, o homem classificou este tipo de ramo medicinal como musicoterapia. O ritmo, um dos elementos fundamentais que constitui a formação da música, consegue ser estudado através da forma como os ser humano reage diante a ele. Observa-se que a música utiliza um dos seus componentes para se fazer presente e exercer suas ações sobre o homem. De acordo com Andrade, Pitágoras deu o início aos estudos musicais que revolucionaram o entendimento da música em sua forma teórica, mas não criando composições, e sim, através de um experimento, no qual obteve-se a série do sons harmônicos.